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quinta-feira, 14 de março de 2013

“Moratória” estadual ameaça parar obras em Nova Friburgo

 

A decisão do governador Sérgio Cabral -foto- de suspender todos os pagamentos, com exceção dos relativos a despesas com o pessoal e repasses obrigatórios às prefeituras, anunciado esta semana, ameaça paralisar diversas obras, convênios e projetos beneficiando Nova Friburgo. A suspensão dos pagamentos foi uma medida emergencial e preventiva em função da derrubada no Congresso Nacional do veto presidencial sobre a redistribuição dos royalties do petróleo, que retira do Estado do Rio uma arrecadação de R$ 2 bilhões este ano (e somando R$ 77 bilhões até 2020). Sergio Cabral afirmou que os pagamentos a fornecedores só será revista, caso haja uma posição favorável do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a inconstitucionalidade da lei aprovada pelo Congresso.
A redistribuição dos royalties do petróleo, aprovada em Brasília, tira da Prefeitura cerca de R$ 4 milhões dos cofres este ano—um valor modesto em relação a outros municípios do Estado do Rio. O estrago maior para os friburguenses é a “moratória” estadual com os seus fornecedores no município, que ameaça interromper várias obras em andamento, como, por exemplo, a construção de imóveis para as vítimas da tragédia climática de 2011 e ainda a recuperação de quatro encostas, cujas obras estão sendo realizadas nos bairros Três Irmãos, Floresta, Jardinlândia e Ouro Preto. Até o pagamento do aluguel social corre risco.
Diversos convênios assinados recentemente entre os governos municipal e estadual através do Programa Somando Forças também ficarão em stand-by. Neste caso, estão previstas verbas de R$ 20 milhões para diversas intervenções que, obviamente, só irão se concretizar com a solução do imbróglio dos royalties do petróleo. O município também terá que esperar a solução do problema no STF para obter outras obras, como a macrodrenagem dos rios Bengalas e Córrego Dantas, em fase final de licitação no Inea-Rio. Além de convênios feitos através do Fundo Estadual de Conservação Ambiental e Desenvolvimento Urbano (Fecam).
“A Secretaria de Fazenda do Estado do Rio de Janeiro informa que suspendeu todos os pagamentos agendados, com exceção dos relativos a despesas de pessoal. Trata-se de uma medida preventiva, no espírito da Lei de Responsabilidade Fiscal, em função da grave ameaça à solvência do Estado [do Rio] decorrente da decisão do Congresso Nacional [royalties do petróleo]. Tal providência se impõe em face da possibilidade de redução significativa das receitas já no próximo dia 12. Os pagamentos estão suspensos até que se tenha clareza do fluxo de recursos com que o Estado poderá efetivamente contar para honrar seus compromissos”, diz uma nota oficial divulgada pelo governo estadual. “Os secretários de Estado de Fazenda e de Planejamento foram orientados pelo governador a cancelar os pagamentos, empenhos, repasses e outras transferências não obrigatórias até que o STF se pronuncie sobre a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIN) do Estado do Rio”, acrescenta.
 
 
Fonte: A Voz da Serra - Online

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