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domingo, 7 de abril de 2013

O prefeito Rogério Cabral discursa na Câmara observado pelo secretário de Fazenda Juvenal Condack

Sem recursos para investimentos”, diz prefeito.
Rogério Cabral apresenta um quadro de dificuldades em sua prestação de contas à Câmara e destaca que município está dependente de verbas estaduais e federais.

A Prefeitura não tem dinheiro para investimentos este ano. Este foi o resumo do quadro apresentado pelo prefeito Rogério Cabral (PSD) ao participar quinta-feira, 4, de sessão específica da Câmara, onde listou uma série de problemas encontrados pela atual administração. Ele evitou citar nominalmente os antecessores, optando por relatar os fatos que estão inviabilizando o governo municipal neste início de gestão, pelas datas em que aconteceram. Segundo ele, a situação exposta aos vereadores comprova que, diante de tantos problemas herdados, o município está ainda mais dependente dos convênios estaduais e federais. Rogério, aliás, destacou que o atual governo já concluiu, em tempo recorde, uma série de projetos necessários para conseguir recursos nas esferas políticas do Rio de Janeiro e, principalmente, Brasília. Na ocasião, também foi apresentado o plano plurianual do município para o período de 2014 a 2017, onde estão contidas as propostas e metas do governo.
 
Segundo números apresentados pelo prefeito, do orçamento de cerca de R$ 450 milhões para este ano, descontada as despesas correntes, o município terá um saldo de R$ 14 milhões. Número considerado irrisório diante de tantas necessidades do município. Porém, destacou Rogério, existem alguns imbróglios deixados pelos antecessores—reajuste de valores firmados com concessionárias, termos de ajustes que não foram honrados, entre outros—que somariam R$ 21 milhões, o que poderá deixar o cofre municipal no vermelho, no fechamento das contas em 2013.
Rogério foi ao Legislativo acompanhado por, praticamente, todo seu secretariado. A vice-prefeita e secretária de Governo, Grace Arruda, e o de Fazenda, Juvenal Condack, fizeram parte da mesa de trabalho. Com todos os vereadores presentes houve um debate sobre os problemas administrativos do município que começou por volta das 18h30 e só terminou à meia-noite. Nos questionamentos dos parlamentares ficou notória a divisão entre os governistas e adversários, estes últimos mais incisivos, enquanto os aliados procuravam argumentar que a atual gestão completou apenas três de 48 meses de mandato e que, diante das dificuldades herdadas por Rogério, será preciso mais tempo para que a administração municipal possa, efetivamente, deslanchar.
 
Além de se queixar das dificuldades financeiras, o prefeito também focou suas críticas nos conhecidos problemas de recursos humanos. Rogério disse que tem feito incursões junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) em relação aos concursados de 1999 e que, embora torça por um desfecho favorável, a decisão está nas mãos dos ministros da mais alta Corte brasileira. O atual prefeito lembrou que está impedido de aproveitar estes concursados até uma decisão final da pendenga judicial já que, no final do ano passado, a Prefeitura assinou um termo de ajuste de conduta com o MP proibindo tal possibilidade. Uma das propostas do Executivo é melhorar a realidade salarial do funcionalismo público, mas que, diante das dificuldades financeiras, isto só será possível no futuro.
 
O prefeito destacou que está finalizando uma proposta de reforma administrativa enxugando o número de secretarias e cargos de confiança que, em breve, será encaminhada para votação na Câmara. Ele disse que espera reduzir de 32 para 22 o número de pastas, mas que pretende criar dois novos órgãos municipais. Um para cuidar das concessionárias (água e esgoto, transporte público, coleta e destinação do lixo, taxa de iluminação pública, entre outros serviços essenciais) e outra para cuidar especificamente da frota da Prefeitura. Aliás, em sua explanação, Rogério apresentou documentos e fotos mostrando o estado de sucateamento dos veículos oficiais da municipalidade.

Fonte: A Voz da Serra

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