Sem recursos para investimentos”, diz prefeito.
Rogério Cabral apresenta um quadro de dificuldades em sua prestação de contas à Câmara e destaca que município está dependente de verbas estaduais e federais.
A Prefeitura não tem dinheiro para investimentos este ano. Este foi o resumo do quadro apresentado pelo prefeito Rogério Cabral (PSD) ao participar quinta-feira, 4, de sessão específica da Câmara, onde listou uma série de problemas encontrados pela atual administração. Ele evitou citar nominalmente os antecessores, optando por relatar os fatos que estão inviabilizando o governo municipal neste início de gestão, pelas datas em que aconteceram. Segundo ele, a situação exposta aos vereadores comprova que, diante de tantos problemas herdados, o município está ainda mais dependente dos convênios estaduais e federais. Rogério, aliás, destacou que o atual governo já concluiu, em tempo recorde, uma série de projetos necessários para conseguir recursos nas esferas políticas do Rio de Janeiro e, principalmente, Brasília. Na ocasião, também foi apresentado o plano plurianual do município para o período de 2014 a 2017, onde estão contidas as propostas e metas do governo.
Segundo números apresentados pelo prefeito, do orçamento de cerca de R$ 450
milhões para este ano, descontada as despesas correntes, o município terá um
saldo de R$ 14 milhões. Número considerado irrisório diante de tantas
necessidades do município. Porém, destacou Rogério, existem alguns imbróglios
deixados pelos antecessores—reajuste de valores firmados com concessionárias,
termos de ajustes que não foram honrados, entre outros—que somariam R$ 21
milhões, o que poderá deixar o cofre municipal no vermelho, no fechamento das
contas em 2013.
Rogério foi ao Legislativo acompanhado por, praticamente, todo seu
secretariado. A vice-prefeita e secretária de Governo, Grace Arruda, e o de
Fazenda, Juvenal Condack, fizeram parte da mesa de trabalho. Com todos os
vereadores presentes houve um debate sobre os problemas administrativos do
município que começou por volta das 18h30 e só terminou à meia-noite. Nos
questionamentos dos parlamentares ficou notória a divisão entre os governistas e
adversários, estes últimos mais incisivos, enquanto os aliados procuravam
argumentar que a atual gestão completou apenas três de 48 meses de mandato e
que, diante das dificuldades herdadas por Rogério, será preciso mais tempo para
que a administração municipal possa, efetivamente, deslanchar.
Além de se queixar das dificuldades financeiras, o prefeito também focou
suas críticas nos conhecidos problemas de recursos humanos. Rogério disse que
tem feito incursões junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) em relação aos
concursados de 1999 e que, embora torça por um desfecho favorável, a decisão
está nas mãos dos ministros da mais alta Corte brasileira. O atual prefeito
lembrou que está impedido de aproveitar estes concursados até uma decisão final
da pendenga judicial já que, no final do ano passado, a Prefeitura assinou um
termo de ajuste de conduta com o MP proibindo tal possibilidade. Uma das
propostas do Executivo é melhorar a realidade salarial do funcionalismo público,
mas que, diante das dificuldades financeiras, isto só será possível no
futuro.
O prefeito destacou que está finalizando uma proposta de reforma
administrativa enxugando o número de secretarias e cargos de confiança que, em
breve, será encaminhada para votação na Câmara. Ele disse que espera reduzir de
32 para 22 o número de pastas, mas que pretende criar dois novos órgãos
municipais. Um para cuidar das concessionárias (água e esgoto, transporte
público, coleta e destinação do lixo, taxa de iluminação pública, entre outros
serviços essenciais) e outra para cuidar especificamente da frota da Prefeitura.
Aliás, em sua explanação, Rogério apresentou documentos e fotos mostrando o
estado de sucateamento dos veículos oficiais da municipalidade.
Fonte: A Voz da Serra
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